alea jacta est!

filosofia, literatura, tecnologia, cinema e impressões aleatórias sobre qualquer coisa.

12.12.06

o fim do machismo começa pela mãe

lendo o último relatório do Unicef Situação Mundial da Infância 2007 – o duplo dividendo da igualdade de gênero, percebe-se um movimento para fazer com que os homens jovens respeitem as mulheres.

bacana a iniciativa do Unicef. mas eu, cá pergunto: e onde começa o machismo?

não é com a própria mãe que, com medo de que o filho vire gay repassa ao filho tudo (de errado) que aprendeu com os pais? por mais que o pai seja machista e repasse seus valores ao filho, não é a mãe que fundamenta toda esse sistema de valores?

e não é graças à relação mais próxima com a mãe que o filho homem adentra no mundo pela ótica machista?

mudem as mães e mudarão seus filhos. não basta fazer o homem respeitar as mulheres. elas também precisam se fazer respeitar. para isso, basta jogar no lixo todas as crenças passadas de mãe para filha de que o homem é superior.

basta começar a educar esses meninos desde bem pequeninos para uma vida igualitária entre os gêneros e o problema, paulatinamente, irá desaparecendo, respaldado por uma nova cultura...

destrave-se o governo que o país avança

o que este país precisa é de uma campanha que injete adrenalina na economia brazuca. o brasil precisa crescer, mas pra crescer, além de o governo ter de cortar gastos, diminuir impostos e promover as várias reformas que vêm sendo adiadas há décadas, é preciso fazer o brasil funcionar 365 dias ao ano.

precisamos investir em nossa maior riqueza: o turismo.
precisamos investir em nossa criatividade de transformar as coisas a partir do improviso.
precisamos gostar do brasil. precisamos querer que ele dê certo.
precisamos de políticos menos preocupados com seus aumbigos e mais com o presente do país.

um país que funciona menos de 365 dias por ano

eis o meu, o seu, o nosso brasil.

enquanto o resto do mundo corre atrás do prejuízo, para não perder a corrida pela globalização, o brasil se dá ao luxo de, todo santo ano, parar.

vamos às contas: dezembro, janeiro, fevereiro e março são meses em que nada acontece. os empresários não decidem nada. o máximo que se vê é o mercado a mil por causa das férias. e o brasil embarca nas férias escolares.

dos doze meses do ano, oito, portanto, não existem. subtraia-se outro mês de feriados nacionais e nos restam sete meses - quase a metade do ano, paramos.

quando há copa, eleições e outros eventos que mobilizam a nação, mais tempo parados ou semiparados.

já chegamos aos seis meses, mais ou menos.

somos, portanto, um país que trabalha meio ano... é pouco para quem crescer a pleno vapor.

somos ou não somos uma piada internacional?

que país do futuro, nada. temos que ser o país do presente, o país que se move, que não fica esperando acabar esse ou aquele motivo para trabalhar.

somos tão emergentes que ainda estamos abaixo do nível mínimo para poder respirar.