alea jacta est!

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27.3.06

telejornalimo contextual II


Questiono: a produção jornalística pode contribuir para conscientizar os milhares de telespectadores brasileiros sobre temas com repercussão internacional? e como? A televisão é um meio de comunicação onde a informação se dá de forma efêmera, então, até que ponto grandes matérias veículadas podem contribuir para reflexão sobre a realidade do país? Como fazer para que reportagens investigativas, que denunciam abusos e corrupção, entre outros crimes, possam se transformar em ferramentas eficazes para que autoridades e sociedade possam reverter o quadro.

Inaugurando a nova seção de comentários deste blog-fênix, a jornalista Saire, leitora assídua desta nova fase, pelo que deixam entrever seus apartes, questiona como o telejornalismo pode ter um papel menos efêmero e superficial em sua função de (bem) informar o espectador mediano, esse que não lê jornais nem livros, mas, que com ardor inversamente proporcional, assiste a novelas que requentam a mesma fórmula, as mesmas histórias há 40 anos - como desabafou, no último fim de semana, o ator Lima Duarte.

Cara Saire, na verdade, o que proponho - ainda que sem um conteúdo programático - são apenas cabeças (textos que introduzem ou encerram uma reportagem, para quem não sabe) mais explicativas, contextualizadoras, que não apenas falem do fato, mas de seus desdobramentos, de sua importância na vida nacional ou do próprio espectador.

Trata-se apenas de, em vez de empurrar orelha abaixo o catatau diário de notícias, numa velocidade que impede que, ao final de cada telejornal, o espectador consiga lembrar das mais relevantes, fornecer subsídios intelectuais, argumentos claros e objetivos para que o espactador possa realmente formar uma opinião sobre esse ou aquele fato.

Não é preciso, pois, "repensar elaboração, abordagem, técnica, comportamento ético e os mecanismos que o telejornalismo usa para produzir". Basta apenas explicar mais, e não apenas bombardear o espectador com tanta notícia que às vezes não serve para nada...

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Luiz, televisão é tempo...então, qdo me refiro a repensar os mecanismos, passa tbm por elaborar cabeças mais explicativas e contextualizadoras, como vc cita. Sei lá, acho q estamos de acordo, mesmo abordando e explicitando de forma diferente.
OT: tô me 'achando' com a sua citação....rsrsr
beijão

5:22 PM  

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